O Tesouro Direto conquistou investidores ao oferecer acesso simplificado a títulos públicos federais, combinando segurança e possibilidades de retorno variadas. Neste guia, você encontrará tudo o que precisa saber para começar a investir de maneira informada e estratégica.
1. O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional em parceria com a B3 para permitir que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet. Esses títulos são empréstimos feitos pelo investidor ao governo, que paga juros em troca do uso do dinheiro.
2. Principais tipos de títulos
Cada título do Tesouro Direto possui características próprias de remuneração e prazo. Os principais são:
- Tesouro Selic
- Remunera pela variação da taxa Selic.
- Liquidez diária: ideal para reserva de emergência.
- Baixo risco de marcação a mercado.
- Tesouro IPCA+ (NTN-B)
- Juros atrelados ao IPCA + uma taxa fixa.
- Protege seu investimento contra a inflação.
- Indicado para objetivos de médio e longo prazo.
- Tesouro Prefixado
- Rentabilidade definida no momento da compra.
- Oferece previsibilidade de ganhos se mantido até o vencimento.
- Mais sensível a variações de taxa de juros no pré-venda.
3. Como iniciar no Tesouro Direto
- Abra conta em corretora
- Escolha uma instituição autorizada pela CVM.
- Preencha cadastro e envie documentação digital.
- Transfira recursos
- Faça TED ou DOC para a conta da corretora.
- Confira prazos de compensação.
- Selecione o título
- Avalie seus objetivos (liquidez, proteção contra inflação, retorno fixo).
- Compare prazos e taxas disponíveis.
- Realize a compra
- Utilize a plataforma da corretora ou o portal do Tesouro Direto.
- Defina o valor do investimento (mínimo a partir de cerca de R$ 30).
- Acompanhe sua posição
- Acesse relatórios periódicos pela corretora.
- Reavalie sua estratégia sempre que houver mudanças em metas ou cenário econômico.
4. Vantagens de investir no Tesouro Direto
- Acessibilidade: aporte inicial baixo, a partir de valores simbólicos.
- Segurança: garantia do Tesouro Nacional, considerado o emissor mais sólido do país.
- Transparência: cotações e custos públicos, sem surpresas.
- Diversificação: possibilidade de combinar diferentes títulos conforme perfil e prazo.
5. Cuidados e pontos de atenção
- Taxas: taxas de custódia da B3 (0,25 % ao ano) e possíveis tarifas da corretora.
- Tributação: imposto de renda regressivo (de 22,5 % a 15 % conforme o prazo de aplicação).
- Liquidez: Tesouro Selic oferece liquidez diária; prefixados e IPCA+ podem sofrer variação de preço se vendidos antes do vencimento.
- Perfil de investidor: verifique sua tolerância a oscilações de curto prazo, especialmente em títulos prefixados e atrelados ao IPCA.
Conclusão
O Tesouro Direto é uma porta de entrada sólida para quem busca investir em renda fixa com baixo risco e custos reduzidos. Com opções que atendem a diferentes necessidades — desde reserva de emergência até objetivos de longo prazo — é possível montar uma carteira equilibrada e alinhada ao seu perfil. Antes de aplicar, defina seus objetivos, entenda as características de cada título e acompanhe periodicamente sua evolução. Assim, você aproveitará ao máximo o potencial deste importante instrumento de investimento público.