
Quando o assunto é concurso público, muita gente se concentra em passar horas lendo o material, mas esquece do principal: memorizar o conteúdo de forma efetiva. A memorização é uma etapa fundamental, afinal, de nada adianta estudar se você não conseguir se lembrar na hora da prova. A boa notícia é que existem métodos comprovados que podem ajudar seu cérebro a reter as informações por mais tempo e de forma mais estruturada. Vamos descobrir como?
Antes de aprender as técnicas, é importante entender como a memória funciona. Nosso cérebro foi feito para priorizar informações importantes para a sobrevivência e para descartar o que considera “desnecessário”. Por isso, repetir, revisar e dar sentido ao que estudamos é fundamental.
Além disso, fatores como estresse, cansaço, má alimentação e falta de sono comprometem diretamente a capacidade de memorização. Por isso, é essencial manter corpo e mente saudáveis durante a preparação.
O cérebro esquece o conteúdo novo em poucos dias se não houver reforço. A técnica de Revisão Espaçada, baseada na curva do esquecimento de Ebbinghaus, propõe revisar o conteúdo em intervalos estratégicos:
Esse método reforça as conexões neurais e faz o assunto sair da memória de curto prazo para a de longo prazo.
Os mapas mentais ajudam a visualizar a estrutura do conteúdo. Ao colocar palavras-chave, setas, cores e associações, você cria conexões que o cérebro entende melhor do que longos blocos de texto.
Dicas para fazer um bom mapa mental:
Quando você explica o conteúdo para alguém, seja um colega ou até para si mesmo em voz alta, precisa organizar o pensamento e relembrar detalhes. É um jeito poderoso de fixar o conhecimento e perceber pontos que ainda não estão claros.
Se não tiver com quem praticar, faça um “mini seminário” sozinho, em frente ao espelho.
Resolver questões antigas faz com que o cérebro comece a reconhecer padrões e relacione conceitos à prática. Além disso, ao ler comentários de professores ou materiais de apoio, você fortalece o entendimento.
Se errar, ótimo! O erro é uma excelente oportunidade de aprender — ele cria um “alerta” no cérebro, tornando o conteúdo mais memorável.
Para listas ou conceitos complicados, invente siglas ou frases engraçadas. Isso faz seu cérebro lembrar por associação.
Por exemplo, em Direito Constitucional, para lembrar dos princípios da Administração Pública (LIMPE):
Ou em conhecimentos bancários, o “CESPE AMA PEGADINHA” para lembrar de armadilhas comuns em provas.
O cérebro gosta de variedade. Estudar só uma disciplina durante horas pode ser cansativo e diminuir a retenção. Alterne entre matérias diferentes no mesmo dia. Por exemplo: 1 hora de Português, depois 1 hora de Direito Administrativo, depois 1 hora de Raciocínio Lógico.
Esse “descanso” temático ajuda o cérebro a processar e guardar melhor as informações.
Durante o sono profundo, o cérebro organiza e consolida o que foi aprendido ao longo do dia. Por isso, uma boa noite de sono é tão importante quanto o estudo. Dormir pouco é um dos maiores sabotadores da memorização.
Richard Feynman, físico ganhador do Nobel, dizia: “Se você não consegue explicar algo de forma simples, é porque não entendeu direito.” Escreva o assunto como se fosse ensinar para uma criança de 12 anos. Isso te obriga a simplificar o raciocínio e a entender o que está falhando.
Estudar por horas seguidas sem pausas não é eficiente. Use a técnica Pomodoro: estude por 25 minutos, faça 5 de pausa. Depois de 4 ciclos, faça uma pausa maior (15 a 30 minutos). Isso ajuda a manter a mente alerta.
Seu cérebro precisa de combustível. Alimentos ricos em ômega-3 (peixes, sementes), frutas, verduras e bastante água ajudam na concentração e na memória.
A memorização não acontece de um dia para o outro. É um processo que exige paciência, repetição e técnicas inteligentes. Quanto mais você treina seu cérebro, mais forte ele fica.
Com essas estratégias, sua preparação para concursos será muito mais eficiente — e você vai perceber que na hora da prova, as respostas virão com muito mais clareza.